Nova cervejaria de R$ 300 milhões começa a ser construída na grande Curitiba

Imagem: Divulgação

Grupo RFK com atuação em diferentes regiões do país investe na construção de fábrica com capacidade de 1,2 bilhão de litros por ano

São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, vai receber uma nova indústria. O Grupo RFK vai investir R$ 300 milhões em uma fábrica de bebidas na cidade. A nova planta investiu alto em tecnologia com o objetivo otimizar a produção e torná-la mais sustentável, incluindo a utilização de inteligência artificial.

A unidade começa a ser construída em 1º de outubro, em uma áre de 300 mil metros quadrados, e deve ser concluída no primeiro semestre de 2026. A planta inicia a produção com duas marcas próprias de cerveja – a Bamboa e a Moema –, sendo que um terceiro rótulo deverá ser adicionado. Além da cervejas o grupo possui também outras bebidas em seu catálogo, como refrigeranetes e energéticos.

A estimativa para a unidade é que ela fabrique 1,2 bilhão de litros de bebidas por ano, para atender a Região Metropolitana de Curitiba e também os mercados de São Paulo e Santa Catarina.

O Paraná tem se consolidado como o importante polo cervejeiro nacional contemplando dentro do estado desde a produção de cevada quanto uma grande diversidade de cervejarias desde centenas de pequenos produtores até os gigantes do setor.


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Recentemente o Parana teve a conclusão do investimento de R$ 1,6 bilhão na maior maltaria da América Latina. Além disso Heineken e Ambev também tiveram projetos de expansão recentes de unidades no estado.

Grupo RFK amplia sua capacidade de produção de bebidas

O Grupo RFK possui fábricas em diferentes estados do sul, sudestes, norte e centro-oeste do Brasil. A unidade de produção em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, com capacidade ao redor de 3,5 milhões de litros por mês.

No mercado de cerveja o grupo atua com duas marcas a cerveja Bamboa voltada para o segmento premium puro malte, mostrando que industrias de menor porte também estão buscando se apropriar dessa fatia de mercado crescente no Brasil. O grupo produs também cerveja Moema que se encaixa no segmento mainstream, ambas as marcas foram criadas em 2017 e passaram a compor o portfólio da da empresa junto com outras bebidas.

A nova fábrica em São José dos Pinhais (PR) foi desenvolvida em parceria com a empresa alemã Krones, a planta contará com sistemas de automação avançados que garantirão eficiência e qualidade em cada etapa da produção. O gerenciamento da unidade será realizado por inteligência artificial, otimizando processos e elevando o controle e a inovação a um novo patamar.

“Todo o conceito da nova planta foi desenvolvido pela Krones, que é uma das maiores empresas do mundo do setor. Ela será 100% automatizada e tudo com inteligência artificial, prezando pela sustentabilidade e com reaproveitamento de energia em todo o processo”, explicou o CEO e sócio-fundador do grupo RFK, Márcio José Mendes.

Fundado em 2010 em Cambé, na região Norte do Paraná, a RFK tem fábricas também no interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Pará, contando com cerca de 800 funcionários e mais de 20 mil clientes. Suas principais marcas incluem o refrigerante Refriko, o energético Furioso, a cerveja Bamboa, a cerveja Moema, o chope de vinho Bella Roma e a água mineral Hidratar.

O empreendimento da RFK conta com apoio do programa de incentivos do governo estadual Paraná Competitivo, que nos oito primeiros meses de 2024 atraiu R$ 15,3 bilhões de investimentos ao Estado. A previsão é de que o novo empreendimento em São José dos Pinhais gere 60 empregos diretos.

“O Paraná tem uma política de atração e manutenção de investimentos, que é muito importante para dar mais corpo à nossa economia, tendo mais valor agregado através desses esforço”, destacou o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara. “O Paraná Competitivo tem essa capacidade de acolher o empresariado. Mais uma grande empresa, que tinha tendência de investir fora do Estado, escolheu o Paraná para fazer esse grande investimento”.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.