Cervejaria Mistura Clássica inicia reestruturação para se expandir no mercado

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Cervejaria fluminense Mistura Clássica inicia transição de modelo de gestão familiar para um modelo corporativo com mudanças da produção ao marketing

A Mistura Clássica, que está entre as mais tradicionais e antigas cervejarias artesanais do estado carioca e do País, apresenta novo plano de reestruturação. A estratégia envolve planta fabril, identidade, expansão de mercado, gestão, desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos.

Criada em 2003 na cidade de Volta Redonda (RJ), a cervejaria já coleciona uma variedade de prêmios nos principais festivais nacionais e da América do Sul, como Mondial de La Bière, Blumenau e South Beer Cup. E rótulos já conhecidos do grande público possuem prêmios diversos, com destaque para Beatus, Vertigem, e Catharina Sour de Goiaba.

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O objetivo da reestruturação é recolocar a Mistura Clássica em posição de vanguarda, aprimorando a qualidade dos produtos da linhas convencional e super premium, além do desenvolvimento de produtos de nicho, olhando com muita atenção para uso de insumos locais, nativos, buscando uma essência cada vez mais carioca e brasileira, objetivando atingir não somente o mercado nacional, mas também de exportação.

Dentro do plano de renovação estão algumas mudanças como a transição de gestão familiar para uma gestão profissional, incorporando um conselho administrativo e a contratação de profissionais para cargos estratégicos.

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Diego Simão Rzatki assume a área de projetos e desenvolvimento de produtos, respondendo pela qualidade, criação e evolução dos produtos. Com formação acadêmica em economia pela UFSC, Rzatki é co-founder, cervejeiro e blender na Cozalinda Cervejaria, Sommelier pela Doemens, palestrante e docente na área de produção de cervejas acidas complexas e já conquistou prêmios nacionais e internacionais, além de ser uma das referências nacionais no mercado cervejeiro.

Além disso, a empresa irá investir, ainda, em processos estratégicos como estudo de mercado, inovação, melhorias de processos e práticas, produção, marketing, desenvolvimento de produtos, estratégia comercial, equipe qualificada e motivada.

Uma das mudanças a serem implementadas está relacionada a gestão do portfólio da cervejaria que passará por algumas alterações em relação a sazonalização de rótulos, ajustes de receitas e a criação de projetos especiais que ganharão vida na nova fase.

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A área de operações receberá atenção especial, como estratégia de distribuição, armazenagem e suprimentos.

A Mistura Clássica possui uma das unidades fabris mais modernas e equipadas do mercado de microcervejarias do País, com processos automatizados, equipamentos modernos, métodos e processos eficientes, estrutura de ponta e capacidade para produção de 200 mil litros por mês. Com a reestruturação o objetivo é crescer ainda em 2019 10% em relação a 2018 e para 2020 uma projeção de 50% de crescimento. Até 2022 os novos gestores da cervejaria projetam um crescimento de 200% em relação a 2019.

Atualmente sediada na cidade de Angra dos Reis, uma cidade turística do Estado do Rio de Janeiro, a cervejaria se prepara para ter um conceito com aproximação do público consumidor, podendo ser visitada pelos turistas que desejam conhecer o processo de fabricação de cervejas artesanais de forma autônoma, ou contratar passeios guiados e até mesmo participar de degustações e conhecer a história da empresa. 

Além disso, fica localizada de frente para a Marina Verolme, a maior da América Latina e é a única cervejaria com acesso por terra, mar e ar. A unidade conta, também, com um bar boutique onde os turistas podem comprar os rótulos da Mistura Clássica.

No Brasil os rótulos da Mistura Clássica já podem ser encontrados em vários estados e nos melhores estabelecimentos como bares, restaurantes, hotéis e empórios. Neste processo de reestruturação a empresa pretende conquistar novas praças, expandindo sua distribuição e operação para mais estados brasileiros, inclusive para o exterior. Já existe um aplano estratégico para essas expansões e a nova gestão da marca terá o desafio de assumir e executar essa missão.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.