A AB Inbev agora possui 35 marcas artesanais em 30 países, e a companhia diz ser um grande player no segmento de artesanais e especiais no ambiente global. E enquanto a empresa é a maior companhia de cervejas do mundo, ela declara que está provando a qualidade, tradição e singularidade de tais marcas com 161 premiações alcançadas no ano passado.
Desenhada para direcionar essas marcas adiante, a The High End é a unidade global de negócios da AB Inbev para marcas artesanais e especiais com ação em 22 países.
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As marcas de seu portfólio incluem as aquisições americanas como Goose Island, Wicked Weed e Golden Road, juntamente com marcas premium como Stella Artois, Leffe e Hoegaarden
“Nós esperamos que o segmento premium cresça 5 vezes mais rápido do que o restante nos próximos anos”, diz a empresa. “Nossa divisão High End está bem posicionada para capitalizar sobre a tendência de premiunização entregando crescimento e lucratividade”.
Com a unidade High End responsável por 10% do seu faturamento global e 30% do crescimento deste faturamento no mundo, a AB Inbev declara que o segmento é o seu principal motor de crescimento no mundo.
“Conforme o gosto do consumidor por vários estilos se torna mais sofisticado, marcas artesanais e especiais se tornam mais essenciais para o nosso crescimento”, declarou o CEO da AB Inbev Carlos Brito no anuncio de resultados de 2018 da empresa no presente mês.
“Como resultado disso estamos fortalecendo nosso portfólio em nossos mercados, para assegurar que continuaremos relevantes nesse segmento lucrativo. Com nosso portfólio conseguimos atender as necessidades de consumo para cada ocasião”.
“Como exemplos deste sucesso estão a expansão global da marca Goose Island, com brewpubs abertos na China, Brasil, México, Canada, Coreia do Sul e Reino Unido, bem como o crescimento do nosso portfólio de especiais.”
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“Adicionalmente ao reconhecimento de nossos consumidores, muitas de nossas marcas do segmento de especiais e artesanais foram amplamente reconhecidas em competições de cerveja ao redor do mundo, ganhando 363 prêmios em 2018 incluindo 161 medalhas de ouro.”
Como uma unidade autônoma que é parte de uma gigante multinacional, a The High End está apta a combinar velocidade e agilidade com economias de escala, diz Brito.
Ele enfatiza que não é só uma questão de ter boas marcas, mas sim de ter as marcas corretas nos lugares corretos e no momento certo.
“Para isto estabelecemos a unidade High End, para determinar a abordagem correta para o segmento premium e artesanal. A unidade está presente atualmente em 22 países, que representam 70% das oportunidades da categoria mundialmente. Com esses mercados, nós focamos nos principais centros urbanos e miramos nos mais importantes pontos de consumo deste segmento, como bares especializados, casas noturnas e restaurantes”
“A unidade High End é liderada por profissionais seniors e experientes, com uma estrutura específica que combina agilidade e velocidade, estando independente do volume do nosso negócio principal.”
“De fato, a premiunização representa nossa maior oportunidade de crescimento,” continua Brito “Nós estimamos que o segmento alcance mais de 200 milhões de hectolitros em 2020, sendo este muito rentável por entregar 2 vezes mais faturamento por hectolitro vendido”
“Em resumo, o segmento premium representa uma combinação poderosa de alto crescimento e alta lucratividade, e nós estamos confiantes que nosso portfólio diversificado de marcas artesanais e especiais globais é o mais bem posicionado para capturar este crescimento”.
Enquanto a cerveja artesanal encabeçou o movimento de bebidas artesanais, os destilados e drinks artesanais estão seguindo a mesma trajetória. A AB Inbev está, também, diversificando seu portfólio de artesanais para fora do segmento da cerveja.
Recentemente ela anunciou a aquisição da californiana Cutwater Spirits, que produz destilados e coquetéis em lata. A Cutwater foi lançada inicialmente como uma ramificação da cervejaria Ballast Point, sendo separada após esta ser vendida para gigante americana Constellation Brands.
Outras aquisições e investimentos fora da categoria da cerveja incluem o energético orgânico Hiball, a produtora de vinhos Swish Beverages e a empresa canadense Tilray para bebidas a base de cannabis.
“Quando entramos em segmentos diferentes da cerveja tentamos fazer isto através de um ângulo disruptivo. Então se estamos entrando nos destilados de maneira mais séria, nós não desejamos entrar tentando produzir uma marca que se torne apenas mais uma. Nós estamos entrando com um mindset artesanal” completa Brito.
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