Segundo reportagem publicada no site do Valor, a Heineken, segunda maior cervejaria do Brasil, atrás da Ambev, investirá 15 milhões de reais no Instituto da Cerveja Brasil. A instituição fornece uma série de cursos dedicados a formação de profissionais para o mercado da cerveja.
O investimento visa ampliar a oferta de cursos e treinamentos de diferentes públicos incluindo mestres-cervejeiros, funcionários da Heineken, distribuidores, varejistas e sommeliers de acordo com a notícia. A parceria terá duração de sete anos e poderá ser prorrogada.
“Essa parceria tem por objetivo ajudar a mudar o mercado brasileiro, democratizando o conhecimento sobre cerveja. Quanto mais os consumidores conhecerem, maior vai ser o seu poder de escolha na hora da compra”, afirmou Nelcina Tropardi, vice-presidente de assuntos corporativos da Heineken no Brasil.
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Segundo Estácio Rodrigues, sócio-diretor do ICB a instituição forma 1,2 mil pessoas por ano e com a parceria pretende formar 2,5 mil pessoas por ano. Numa fase posterior a empresa pretende investir no modelo de cursos a distância, pela internet.
O instituto, que já atua de maneira itinerante em 10 cidades, pretende alcançar mais nove, estando presente em todas as regiões do país.
Ainda de acordo com a publicação do Valor, Bruna Fausto, diretora de marketing do segmento artesanal da Heineken no Brasil, que produz as marcas Eisenbahn e Baden Baden, disse que a companhia não vê as microcervejarias como concorrentes, mas como parceiras. “Vamos usar a parceria com as microcervejarias para promover o desenvolvimento do mercado. Vamos desenvolver juntos esse segmento”, complementando com a afirmação que a empresa não tem planos de adquirir cervejarias artesanais no país.
Tanto a marca Baden Baden quanto a Eisenbahn foram adquiridas pela Heineken quando esta adquiriu a Brasil Kirin que já detinha ambas em seu portfólio. Foi neste movimento que a Heineken alcançou a segunda posição no mercado brasileiro, ultrapassando o Grupo Petrópolis.
Diferente da concorrente Ambev que já trouxe para o país rótulos de artesanais adquiridas no exterior como a americana Goose Island, a Heineken ainda não trouxe para o país exemplares adquirido no exterior que compõem seu portfólio no segmento artesanal, como a também americana Lagunitas ou a britânica Beavertown.
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O relacionamento entre a Heineken e o Instituto da Cerveja Brasil já tem sido apresentado ao público através de diversas ações ao longo dos últimos anos.
Em 2016 a instituição recebeu o brewmaster global, Willem van Waesberghe, da multinacional para palestras.
O concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn conta como o suporte do ICB para avaliações das amostras de cervejas dos participantes, além de premiar o ganhador com um curso de mestre cervejeiro na instituição.
Mais recentemente a marca Baden Baden realizou sua primeira cerveja colaborativa, com a utilização de lúpulos brasileiros da plantação da própria cervejaria, convidando as cervejarias Verace (MG), Three Monkeys (RJ) e Landel (SP) para o desenvolvimento das receitas.
A unidade de produção utilizadas para a produção destas cervejas foi a fábrica-escola do ICB localizada na cidade de Indaiatuba (SP), se mostrando um ativo interessante para utilização da empresa em lotes experimentais.
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