A cerveja Blue Moon já é produzida pela Heineken no Brasil há cerca de um ano, após um período onde a multinacional holandesa passou a ser importadora e distribuidora exclusiva da marca norte-americana no mercado brasileiro.
O investimento na produção da Blue Moon no Brasil, contribui para compor a estratégia de portfólio do segmento denominado ‘craft’ pelo Grupo Heineken Brasil no mercado doméstico.
A Blue Moon, de propriedade da gigante norte-americana Molson Coors, chegou ao Brasil de forma consistente em 2019 ocupando prateleiras de diferentes pontos de vendas, de pequenas lojas de cerveja artesanal a grandes redes de varejo, através do trabalho da importadora Interfood.
A Heineken passou a ser a importadora e distribuidora exclusiva de Blue Moon no Brasil a partir do terceiro trimestre de 2021, após um acordo comercial entre as duas gigantes cervejeiras o que ampliou a presença do rótulo no país.
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Desde de então, a Heineken Brasil passou a contar comum portfólio mais abrangente em seu segmento craft contando com Eisenbahn, Baden Baden, Blue Moon e Lagunitas.
A Blue Moon foi concebida pelo grupo norte americano Molson Coors, a segunda maior cervejaria dos EUA, e se tornou a criação própria de uma gigante que atingiu o maior sucesso de público na busca de competir com o mercado de cervejas artesanais, ao invés da aquisição de microcervejarias.
A produção de Blue Moon no Brasil foi um segundo passo da Heineken no sentido de ampliar a presença da marca no país e trazer competitividade em seu segmento.
No mercado norte-americano, Blue Moon só fica atrás em volume de vendas das light lagers das grandes cervejarias, e o rótulo é vendido em mais de 25 países ao redor do mundo.
A produção de Blue Moon pela Heineken Brasil faz parte de uma estratégia de primeirização na fabricação de cervejas de seu portfólio craft de marcas internacionais, ao invés de apenas importação.
Isso já foi observado quando da chegada da também norte-americana Lagunitas no país. E, na verdade, é algo que tem sido realizado pela rival Ambev em seu segmento de portfólio análogo.
A produção própria viabiliza maiores passos em estratégias de expansão, permite maior variedade no mix de embalagens, além de trazer maior qualidade sensorial por trazer a fabricação para junto do público consumidor.
Desde seu estabelecimento no mercado nacional, a Heineken Brasil não realizou aquisição de cervejarias artesanais, preferindo trabalhar com marcas do segmento já presentes no portfólio da adquirida Brasil Kirin (Eisenbahn e Baden Baden) e marcas internacionais, no caso Lagunitas e Blue Moon.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.