Até a pouco tem com produção desacreditada em terra brasileiras, a cultura do lúpulo no Brasil tem ganho suas primeiras iniciativas e a região serrana do Rio de Janeiro tem se mostrado um área de destaque.
O Banco do Brasil, em parceria com o governo do estado do Rio, lançou na última quarta-feira (17/04) uma linha de crédito para a cultura e exploração do lúpulo em território fluminense. A estimativa é disponibilizar R$ 600 milhões para pequenos e médios produtores associados à Rota Cervejeira da Serra Fluminense.
“O reconhecimento do lúpulo como cultura viável no estado é uma das nossas prioridades para ajudar na revitalização da nossa economia” — afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Eduardo Lopes.
Produtores rurais da região serrana do Rio têm iniciado investimentos na produção do insumo cervejeiro, e estudos mostram que há uma tendência do lúpulo florescer três vezes ao ano na Serra Fluminense, enquanto que, no Hemisfério Norte, só uma vez anualmente.
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Esta iniciativa, certamente, abrirá caminhos e criará ótimas condições para que possamos fomentar o cultivo de lúpulo no estado, via operações de crédito de custeio e investimento, principalmente para as regiões Serrana, Centro e Sul. Esta linha de crédito é uma oportunidade de grande potencial que vai impactar positivamente o agronegócio fluminense – declarou Raimundo Pérez, superintendente estadual do Banco do Brasil.
” Em Teresópolis, já temos quatro plantações de lúpulo, que é a matriz agrícola de maior valor agregado do mundo. Quando se une a um agente financeiro, como o Banco do Brasil, com linhas atrativas para financiar o lúpulo, o agricultor começa a ganhar confiança com a nova matriz na sua plantação” comentou Vinicius Claussen, prefeito de Teresópolis.
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Ações de agentes governamentais com entidades fomentadoras em relação não só a atividade de produção de cerveja, mas também atuando em diferentes pontos da cadeia de valor do produto são essenciais para o fortalecimento e amadurecimento do segmento.
A história de desenvolvimento comercial do lúpulo norte-americano, por exemplo, que foi gestada durante anos no longo prazo se apresentou como um diferencial importantíssimo para a indústria da cerveja dos Estados Unidos, pois ao longo do tempo reduziu seu custo e concomitantemente criou a singularidade sensorial devido o terroir relativo a características locais, se diferenciando dos, até então exclusivos, lúpulos europeus.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.