Alemanha retorna ao posto de maior produtor de lúpulo do mundo após 9 anos
Alemanha ultrapassa os Estados Unidos em área cultivada dedicada ao lúpulo e volta a ser o maior produtor do mundo
A Alemanha retornou o posto de maior produtor de lúpulo do mundo após 9 anos, ultrapassando os Estados Unidos.
Essa mudança ocorre apesar da área de cultivo para lúpulo na Alemanha ter sido reduzida no ano passado. No entanto, a redução nos EUA foi ainda maior, de acordo com dados da Associação de Produtores de Lúpulo Alemães.
O mercado global de lúpulo está atualmente enfrentando um período de altos níveis de estoque, levando à queda de preços e à redução nas áreas de cultivo de lúpulo.
A área global de lúpulo deve diminuir em 4.800 hectares, elevando o total para pouco menos de 55.000 hectares em comparação a 2023.
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Os Estados Unidos, anteriormente o maior produtor de lúpulo, terão uma redução mais significativa na área de cultivo de lúpulo, diminuindo de 22.500 hectares para 17.850 hectares.
A redução da Alemanha é menos extensa, com uma perda de apenas 340 hectares, deixando o país com 20.300 hectares de cultivo de lúpulo. Com isso a Alemanha ultrapassa os EUA e recupera seu status como o maior produtor de lúpulo do mundo.
Uma das razões que levaram a esta mudança é que nos EUA existe um maior número de contratos canceláveis de suprimento de lúpulo que foram acionados com os altos estoques dos compradores.
Esse artifício é menos comum no mercado alemão que conseguiu preservar uma garantia de venda.
Mudança no perfil de lúpulos cultivados na Alemanha
Ao se avaliar a produção de lúpulo da Alemanha é perceptível uma tendência de mudança de lúpulos aromáticos para variedades de lúpulo de amargor.
Como resultado, as variedades de lúpulo amargo agora constituem 53% da área total de lúpulo da Alemanha.
A estagnação das vendas globais de cerveja impactou negativamente o mercado de lúpulo. Por isso os produtores de lúpulo alemães permanecem cautelosos sobre o futuro devido aos desafios que tem se apresentado no mercado global.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.