Em novembro do ano passado a cervejaria Dádiva, localizada em Várzea Paulista em São Paulo, lançou uma linha de sidras para se integrar já ao seu extenso portfólio de cervejas.
Ao anunciar as novidades a Dádiva incluiu as sidras dentro de um projeto chamado de Dádiva & Other Stuff que parece demonstrar um interesse de se explorar outros produtos além da cerveja, mas nenhum informação adicional foi mencionada.
As sidras lançadas pela Dádiva apresentam uma diferenciação em relação a versões mais tradicionais por incorporar em alguns dos produtos insumos além de suco de maçã, que é base da produção da bebida.
As sidras apresentam três produtos. Uma serve de base para as outras duas e leva levedura de vinho branco natural. Dentre as que utilizam adjuntos uma utiliza cacau, canela e carvalho e a outra utiliza dry hopping do lúpulo norte-americano Calypso com características de frutas brancas e amarelas e aromas cítricos.
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Com sabor bem evidente de maçã, mas sem dulçor excessivo, as sidras apresentam teor alcoólico de 9,2% e são apresentadas em latas de 473 ml.
Como mencionado pela Catalisi na publicação O que esperar do mercado de cerveja 2021, o aumento de bebidas que possuem ocasiões de consumo bastante próximas ao de cervejas de maior valor agregado tem aumentado no Brasil, fenômeno que deve continuar avançando no presente ano.
Com isso, algumas microcervejarias nacionais devem passar a incorporar esses produtos na sua linha de produção tirando proveito de sua capacidade de produção e canais comerciais já construídos.
Dentre os desafios para aquelas que tomam esta decisão é construir fluxos de suprimento de novos insumos, inclusão de detalhes operacionais de fora da produção de cerveja e realizar a promoção adequada destes produtos que muitas vezes não se alinham ao posicionamento utilizado para atrair o público consumidor de cervejas.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.