Vendas de Heineken aumentam mesmo com aumento de preço

Heineken relata crescimento de resultados no primeiro trimestre com aumento de vendas mesmo com a subida de preços

O negócio global da Heineken, segunda maior cervejaria do mundo, ampliou sua lucratividade no primeiro trimestre de 2022 comparado a igual período do ano passado. No Brasil, apesar do aumento de preços, o volume de vendas também cresceu

A Heineken tem reportado o desafio de enfrentar a inflação que tem impactado o mundo inteiro e e pressionam os custos da cervejaria com alta dos insumos e desafios logísticos para sua cadeia de suprimento.

A Heineken registrou lucro líquido de 417 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, valor quase 2,5 vezes maior que no mesmo período do ano passado.

O maior destaque do resultado da Heineken foi seu crescimento de vendas na Europa, com as vendas de cerveja em bares e restaurantes quase que triplicando sem as medidas de restrição relacionadas ao Covid.


Leia mais:

Estrella Galicia anuncia fabrica de R$ 2 bilhões, sua primeira no Brasil


Eisenbahn Pilsen Unfiltered: Embalagem invertida destaca cerveja não filtrada


Impulsionados por um relaxamento das restrições de coronavírus, em especial na Europa, os volumes de cerveja da Heineken aumentaram 5,2% na mesma base do mesmo período do ano passado, superando a previsão média de 3,5% em uma pesquisa compilada pela empresa.

O aumento de preços realizado pela cervejaria e a transição dos consumidores para cervejas mais caras, a chamada premiunização, junto também a ampliação de vendas no on trade fez a receita média por hectolitro da Heineken subir 18,3%.

“Esperamos que as crescentes pressões inflacionárias afetem a renda disponível das famílias e um consequente risco para o consumo de cerveja até o final do ano” declarou a companhia de modo conservador em relação as perspectivas de desempenho em vendas num comunicado sobre os resultados.

Vendas da Heineken no Brasil cresceram mesmo com preços mais altos

Nas Américas, a receita líquida cresceu 10,7% em um ano, com volume consolidado caindo 1,9%, enquanto a receita líquida por hectolitro avançou 13,2%, suportada pela alta nos preços no Brasil e no México. O volume de cervejas teve crescimento orgânico de 1,3% no continente.

O Brasil, maior mercado em vendas do produto-chave da Heineken, avançou em um dígito, acima do mercado, com o portfólio premium, composto pelas marcas Heineken, Amstel e Tiger, crescendo dois dígitos. Marcas populares tiveram queda de dois dígitos em volumes.

Recentemente a Heineken, dentro do seu plano de expansão no Brasil, anunciou a escolha da cidade que receberá sua nova fábrica no país que será a primeira totalmente construída em território nacional com um investimento de cerca 1,8 bilhão de reais.

Receba semanalmente o melhor conteúdo sobre o mercado de cerveja

Publicidade
Publicidade

Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.