Os bancos Bradesco e Itaú ultrapassaram a Skol e se tornaram respectivamente a primeira e segunda marcas mais valiosa do país, segundo levantamento da consultoria Kantar.
Após seis anos na liderança, a Skol perdeu seu posto de marca mais valiosa brasileira no tradicional levantamento da empresa de inteligência de mercado. A marca de cerveja caiu para a terceira posição, com valor estimado em US$ 7,253 bilhões.
Outras marcas de cerveja também caíram no ranking em relação a 2018 A variação negativa atingiu Brahma (-16%), Antarctica (-10), Bohemia (-19%) e Schin (-3%).
“O consumo de cervejarias artesanais aumentou muito, e elas estão tirando vantagem em percepção de marca. Ambev e Skol perderam um pouco de espaço nesse processo. Além disso, vemos que as mulheres começam a se destacar no mercado de consumo de cerveja, optando por marcas artesanais”, revelou ao site EXAME o diretor executivo da Kantar Brasil, Eduardo Tomiya.
O efeito observado demonstra a nova dinâmica do mercado onde o volume de vendas é (e continuará sendo) concentrado nas marcas tradicionais porém com uma intensidade inferior a observada no passado, enquanto marcas menores, sejam independentes ou sob o comando de grandes cervejarias, conferem diversidade ao mercado.
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O fluxo administrativo para o licenciamento ambiental a microcervejarias ficou mais ágil e desburocratizado em Porto Alegre. Na última sexta-feira, 7, às 15h, foi lançado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) os novos procedimentos para tramitação eletrônica dos processos, em solenidade na sede da microcervejaria 4 Árvores – na avenida Pará, 970, bairro São Geraldo.
“É muito importante que a prefeitura incentive o crescimento do setor, gerando emprego e renda, e a melhor forma para isso é a desburocratização”, afirma o secretário Maurício Fernandes.
O requerente deverá solicitar a licença ambiental de operação para atividade de microcervejaria pelo e-mail ambiental@portoalegre.rs.gov.br, com a documentação necessária anexada. A licença estabelece normas sobre poluição atmosférica e hídrica, resíduos, exposição de veículos de divulgação e emissões sonoras, entre outras questões.
“O crescimento desse setor promove, além economia, a gastronomia, o entretenimento e o turismo para nossa cidade. Estamos valorizando quem cumpre as regras ambientais e punindo quem descumpre”, declarou o secretário Fernandes.
O evento teve a participação da Associação Gaúcha de Microcervejarias e integrou a programação da 35ª Semana do Meio Ambiente.
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A Sierra Nevada ainda está esperando por mais da metade das cervejarias que concordaram em produzir a Resilience IPA que doem seus respectivos lucros para os esforços de ajuda do incêndio do ano passado do Camp Fire, segundo uma carta da empresa.
Quase 1.500 cervejarias artesanais se inscreveram para produzir a Resilience IPA como parte dos esforços da Sierra Nevada para arrecadar dinheiro para as vítimas do incêndio florestal do Camp Fire que matou 85 pessoas, desalojou dezenas de milhares de moradores e destruiu mais de 18.800 construções.
Sierra Nevada declarou à Fortune que está trabalhando de forma ativa para que as cervejarias que se comprometeram com a doação que honrem seu compromisso.
No início deste ano, a Sierra Nevada estimou que a campanha de resiliência poderia potencialmente arrecadar até US $ 15 milhões se as 1.484 cervejarias do projeto produzissem seus níveis de comprometimento declarados.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.