Começa a faltar Guinness em bares britânicos com a disparada de vendas da marca
Guinness, cerveja irlandesa parte do grupo Diageo está passando por um fenômeno de disparada de suas vendas levando a falta de produto
A cervejaria irlandesa Guinness, parte da gigante mundial de bebidas Diageo, está passando por um grande fenônemo de crescimento em vendas recentemente ao expandiro seu perfil de consumidores o que está levando a falta do produto em bares do Reino Unido.
Entre os fatores relevantes que estão levando a esse crescimento meteórico das vendas de Guinness está a crescente onda de grandes influenciadores nas mídias sociais que compartlham postagens consumindo a marca, o que está fazendo com que o público mais jovem e especialmente mulheres passem a bebê-la.
A icônica imagem de um pint de Guinness perfeitamente servido num bar também tem se tornado uma imagem recorrente nas mídias, influenciando o consumo de milhares de pessoas.
Esse fenômeno tem promovido diversificação da base de consumidores de Guinness, que está passando de majoritariamente mais velha e masculina para incluir também um grande grupo feminino e bebedores abaixo da faixa dos 23 anos.
Leia mais: 
Spaten ganha protagonismo na estratégia da Ambev
Brasil irá ampliar vendas de cerveja em 2024 apesar da alta de preços
Estrelas como Kim Kardashian e Olivia Rodrigo tem despertado através de postagens de mídias sociais o interesse de jovens mulheres no consumo de Guinness acompanhado da postagem dos pints perfeitamentes servidos de seus seguidores, fazendo com que a tendência se tornasse viral na internet.
Tradicionalmente no Reino Unido o consumo de Guinness é formado por um público majoritariamente masculino e associado fortemente a espectadores de rugbi, formando um panorama sócio cultural muito estabelecido principalmente nos tradicionais pubs britânicos.
O crescimento nas vendas de Guinness impressiona ainda mais porque o consumo de cerveja no Reino Unido tem caído consistentemente ao longo dos últimos anos.
Mesmo produzindo no máximo Guinness não está acompanhando a demanda
Mesmo produzindo a 100% de sua capacidade, Guinness não está conseguindo repor estoques a tempo de satisfazer toda a demanda recente que a cerveja está ganhando.
Ao longo do último ano o consumo de Guinness cresceu extraordinários 20% com a expansão do perfil de sua base de consumidores, se tornando a cerveja mais vendida não só no on trade (bares e restaurantes) como também no off trade (grandes redes de varejo) no Reino Unido.
A onda de crescimento de Guinness está fazendo com que concorrentes invistam no estilo Irish Stout, que é a classificação a qual pertence a cerveja. Heineken, Brewdog e microcervejarias artesanais tem impulsionado suas Stouts para capitalizar sobre a onda de crescimento de interesse do público.
O suprimento de Guinness tem sido limitado e racionalizado de forma a atender as compras da maior parte dos bares britânicos. Essa limitação tem provocado o descontentamento de donos de bares que são obrigados a buscar a reposição da falta de Guinness com alguma marca concorrente.
A Diageo anunciou no final de 2023 a construção de uma nova fábrica para Guinness no Reino Unido de forma a ampliar a oferta da cerveja, que além da subida das vendas de seu rótulo tradicional, tem passado também por um grande crescimento de interesse na Guiness 0.0, a versão sem álcool da tradicional cerveja irlandesa.
Nos EUA, onde a Guinness possui duas cervejarias destino inauguradas nos últimos anos, as suas vendas também estão em ascensão. Por lá a celebridade que têm ajudado no crescimento de interesse do público mais jovem é a estrela de hollywood Jason Momoa que estrela propagandas da marca.
Sobre a Diageo
Líderes globais em bebidas alcoólicas com uma excelente coleção de marcas de destilados e cerveja. Produzimos uma coleção excepcional de mais de 200 marcas – antigas e novas, grandes e pequenas, globais e locais – que são apreciadas em mais de 180 países ao redor do mundo.
.
Receba semanalmente o melhor conteúdo sobre o mercado de cerveja
Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.