A cervejaria rural gaúcha Oripacha, de Morro Reuter, cidade na região metropolitana de Porto Alegre, realizou um investimento na área ao ar livre que fica ao redor da cervejaria para receber visitantes que podem aproveitar suas cervejas e todo visual que ficam no entorno da fábrica.
Agora com esta mudança, a Oripacha tem recebido o público aos finais de semana, o que tem atraído turistas que buscam uma experiência em meio à natureza, formada pelas belezas naturais que cercam o sítio onde fica a cervejaria, promovendo momentos para que as pessoas possam beber as cervejas da marca frescas e diretamente da fonte.
Criada em 2019, a Oripacha é uma cervejaria familiar que foi concebida para unir a paixão pela cerveja com o prazer da vida rural em meio a natureza. O interesse pela produção da bebida veio após uma temporada de 6 anos de seus fundadores como cervejeiros caseiros.
“Inicialmente foi uma brincadeira de família. Em 2012 começamos a fazer cerveja em casa e com o tempo fomos sonhando e cocriando essa realidade. Quando o momento chegou, buscamos o lugar ideal para nos estabelecermos. O primeiro sítio que visitamos em Morro Reuter (município do RS) foi uma paixão à primeira vista, foi o que acabamos comprando e construindo a Oripacha. Nossa motivação sempre foi fazer cerveja boa e que gostássemos de beber. Unindo isso a natureza parecia um paraíso na terra.” falou Peter Schwambach um dos sócios da cervejaria.
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Um dos impactos da pandemia sobre as pessoas foi o aumento da valorização de espaços ao ar livre, em relação ao mercado de cerveja isso vem direcionando a preferência de áreas abertas para o consumo pelo público, algo que cervejarias rurais naturalmente tem maior potencial para oferecer.
Com isso, analisar e planejar como aproveitar as áreas externas dessas cervejarias para receber o público é um fator chave para oferecer uma experiência de serviço atraente para as pessoas, algo com uma ligação muito forte com o turismo
“Desde o início da Oripacha, quando estávamos criando nossos produtos, a ideia era levar um pouco do sítio e do nosso ambiente até as pessoas. Com o amadurecimento do negócio, vimos que abrir a cervejaria ao público era a melhor forma de aproximá-las de nós e da natureza que nos cerca. Cerveja boa, fresquíssima e um ambiente natural e acolhedor. Essa é nossa proposta.” comentou Julia Borella uma das sócia da Oripacha
Como uma cervejaria rural, a Oripacha enxerga como um de seus principais pilares em promover a importância do cuidado com o meio ambiente e também em buscar aproveitar sabores e aromas de ingredientes sazonais da região para produzir as suas receitas.
“Somos uma cervejaria pomar e artesanal que busca estar em equilíbrio com a natureza, não só na sustentabilidade, mas nas estações e ciclos. Acreditamos nos sabores nativos e nas possibilidades que eles nos trazem. A paixão pela cerveja e a união que ela traz são o combustível para semearmos sementes, em forma de retribuir a mãe natureza.” explicou Julia.
Com a pandemia a cervejaria precisou se reinventar para se adaptar as novas condições com que o mercado passou a funcionar. Foi necessário criar formas de deixar seus produtos mais acessíveis sem perder a qualidade. Além disso tiveram que iniciar vendas diretamente para o consumidor final, fazendo entregas nas cidades da região e capital. Hoje, enxergam que com a abertura da cervejaria para o consumo local, vão poder explorar mais a ideia inicial de fazerem cervejas sazonais usando as frutas e insumos da região.
“Temos muitos planos para a cervejaria. Dentro de nós existe a Oripacha ideal e a que conseguimos dar conta hoje. Estamos nos apropriando do mundo cervejeiro que nos cerca e criando corpo. Além de abrir as portas ao público, estamos nos dedicando a criar novos produtos como a linha Selvagem, que são cervejas especiais de fermentação mista ou espontânea, que maturam por um ano ou mais em barricas de madeira.” finalizou a sócia da Oripacha
A Oripacha Cervejaria Pomar é uma cervejaria artesanal que busca alinhar produção de baixo impacto ambiental respeitando os ciclos da natureza. O nome é uma junção de ‘origem’ e ‘Pachamama’, que se traduz em uma homenagem à Mãe Terra. Em 2019, a cervejaria recebeu o registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os sócios são Júlia Quadros e a família Schwambach representada por Peter, Vítor e Elaine.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.