A Heineken divulgou seu resultados globais do primeiro trimestre de 2023 nesta semana com uma queda em vendas no cenário mundial, mas crescimento em receita da companhia, sendo o Brasil um dos mercados de destaque onde maiores preços e aumento de volume vendido ajudaram o resultado da gigante holandesa.
O resultado na Heineken Brasil demonstra a continuidade do movimento da empresa no país de crescimento em vendas do portfólio premium mesmo com o reajuste de preços periodicamente.
Os resultados operacionais de primeiro trimestre deste ano da Heineken no Brasil apresentaram uma alta de cerca de 25% na receita líquida, alavancada por aumento de preços e crescimento de volume de vendas.
A estratégia de foco em marcas premium resultou num crescimento em vendas concentrado neste segmento, enquanto o portfólio de marcas econômicas apresentou queda de um dígito alto no país durante o período.
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O Brasil foi citado também no relatório com destaque de que a Heineken cresceu suas vendas acima do mercado de cerveja do país no primeiro trimestre.
“No Brasil, as vendas cresceram “mid-twenties” (cerca de 25%), puxadas por preços, foco em marcas premium e crescimento de volume. O volume de cerveja cresceu um dígito alto, acima do mercado.” reportou a companhia em comunicado.
O crescimento mesmo com reajuste de preços da Heineken no Brasil, ao longo dos últimos anos, concentrado em seu portfólio premium, demonstra a consistência da sua construção de marca aliada a qualidade de entrega operacional que têm sido ampliada e aprimorada ao longo deste tempo.
Enquanto vendas nas Américas, com destaque também no México, além do Brasil, suportaram o crescimento de receita da Heineken neste início de 2023, a empresa apontou como decepcionante seus resultados na África e Ásia, onde houve uma queda de vendas maior do que o esperado.
A Heineken viu queda nos volumes em três das quatro regiões em que atua, sendo que as Américas foi a única exceção.
A companhia reportou volume de vendas de 54,8 milhões de hectolitros durante os três primeiros meses do ano, uma retração de 3% na comparação anual, um recuo maior do que o esperado por analistas do mercado.
O lucro por hectolitro aumentou 12,3% sobre o mesmo período de 2022, representando um aumento em vendas de seu portfólio de maior margem.
“Começamos o ano com crescimento robusto de receitas, impulsionado por maiores preços e gerenciamento disciplinado de receitas”, declarou Dolf van den Brink, diretor-presidente da Heineken, em comunicado.
A Heineken projeta um crescimento de um dígito de médio a alto para o final de 2023 em comparação com o ano anterior.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.