Governo de São Paulo estuda projeto para incentivar plantio de lúpulo no Estado
Imagem: Catalisi
Secretaria de Agricultura de São Paulo está avaliando a criação de projeto de pesquisa para apoiar plantio de lúpulo no Estado
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo está avaliando criar um projeto em parceria com o Grupo Petrópolis com o objetivo de fomentar inovação e tecnologia com foco no desenvolvimento do lúpulo no Estado.
Estudos publicados recentemente atestaram a viabilidade da produção de lúpulo com qualidade comercial dentro de condições presentes na regiões tropicais de São Paulo.
O Grupo Petrópolis foi pioneiro entre os grandes grupos cervejeiros presentes no mercado brasileiro no investimento na produção de lúpulo no país e a Secretaria de Agricultura do Estado acredita no potencial da agricultura da região para o cultivo do insumo cervejeiro.
O objetivo da Secretaria de Agricultura é criar o maior ecossistema de pesquisa, desenvolvimento e transferência de conhecimento e tecnologia para o cultivo do lúpulo no Estado de São Paulo. “Queremos incentivar o pequeno produtor a explorar a planta em um campo experimental dentro do Estado, oferecendo capacitação e demanda para comercialização”, ressalta Guilherme Piai, secretário de agricultura.
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Em um estudo com a duração de 2 anos pesquisadores da USP já comprovaram a viabilidade da produção de lúpulo nas condições climáticas tropicais do Estado de São Paulo. Dos 4 cultivares avaliados na pesquisa 2 deles, Cascade e Chinook, apresentaram resultados satisfatórios quando comparados a exemplares comercias.
Tanto alfa ácidos, responsáveis pelo amargor, quanto óleos voláteis ligados ao aroma e sabor do lúpulo estavam presentes nas plantas cultivadas em Sâo Paulo em níveis comparáveis ao das comerciais importadas.
Com aplicação de tecnologia para adaptação do cultivo do lúpulo no Brasil, o país conseguiu triplicar em 2023 sua produção anual. Mesmo com os avanços o país ainda está bastante atrás da Argentina que é o maior produtor da América do Sul.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.