Três histórias de empreendedoras para inspirar o mercado de cerveja

Conheça a história de três empreendedoras que têm alavancado o atual mercado de cerveja do Brasil e mostram que diversidade e competência só tem a enriquecer o segmento.

Quando se aborda o atual mercado brasileiro de cervejas, que como o resto do mundo têm apresentado acelerado desenvolvimento na direção de diversificação e produtos locais é importante destacar o papel de mulheres que têm agregado o seu olhar e competência a este segmento.

Para ilustrar como já temos no Brasil histórias interessantes e inspiradoras de empreendedoras que têm alavancado a trajetória da cerveja brasileira, escolhemos três delas para destacar o avanço que seus respectivos trabalhos trazem ao mercado.

Leia também: 5 motivos para explicar porque cerveja artesanal não é uma moda passageira

Luiza Tolosa – fundadora da Cervejaria Dádiva
Foto: Folha de SP

Buscando mercados de produtos para o consumidor em que pudesse empreender em 2012, a administradora Luiza Tolosa descobriu o potencial da cerveja artesanal.

“Minha história foi diferente de muitos cervejeiros que começaram pela paixão, e eu cheguei mais enxergando esse potencial de mercado” declarou Luiza numa entrevista ao chef Ronaldo Rossi em 2017.

Foi assim que estudando o mercado em 2012 ela decidiu criar a cervejaria Dádiva que passou o ano de 2013 em construção, iniciando a sua operação em 2014.

“A gente queria um nome que trouxesse leveza, que trouxesse boas coisas, e aí veio essa ideia de que Dádiva é um presente e a libélula é símbolo de boa sorte, de prosperidade e alegria.” disse Luiza sobre a concepção da marca.

“A gente queria um nome que trouxesse leveza, que trouxesse coisas boas”

Luiza Tolosa

A Dádiva que iniciou apenas com dois rótulos hoje já lançou mais de 90 incluindo os de linha e os sazonais, além de ter abrigado diversas cervejarias ciganas ao longo de seus 5 anos. A cervejaria que começou com 10 mil litros instalados de tanque, atualmente ocupa três galpões em Várzea Paulista (SP).

Gabriella Muller – fundadora da Levteck

O hobbie da cerveja caseira e o desejo de produzir cervejas para além da disponibilidade de fermentos encontrados no Brasil fez com que a farmacêutica Gabriella Müller iniciasse a propagação de leveduras em casa para utilização própria.

“Eu comecei nessa brincadeira de propagação em casa, até que eu pensei ‘a gente consegue dar um passo além’ daí veio a idéia da Levteck”

A partir de sua própria demanda Gabriela enxergou este gap de mercado, o de leveduras nacionais líquidas específicas para cada tipo de receita, surgindo daí a ideia da Levteck em 2013.

“Eu comecei nessa brincadeira de propagação em casa, até que eu pensei ‘a gente consegue dar um passo além'”

Gabriela Müller

Em 2015 ela conseguiu uma bolsa de pós-doutorado que fomentava empreendedores que possuíam idéias que pudessem gerar negócios, encontrando caminhos de trazer a empresa para a realidade, sendo que em 2016 a Levteck Tecnologia Viva iniciou suas operações.

“Em janeiro de 2016 produzimos nossa primeira batelada, começando com 2 reatores produzindo cerca 70 a 80 litros de leveduras por mês” .

A Levteck investe na busca de isolamento de leveduras nacionais para que estas possam ser trabalhadas no âmbito comercial.

Débora Lehnen – fundadora da cervejaria Proa

“Eu tava procurando alguma coisa que fosse praia, mas que não fosse uma coisa tão óbvia. Daí que surgiu a Proa, a parte dianteira do barco que indica a direção sempre pra frente, navega novos mares e vai contra a maré da mesmice” diz a sócia fundadora Débora Lehnen sobre o conceito da cervejaria Proa.

Leia também: O que esperar do mercado de cervejas no Brasil em 2019?

Acreditando no emergente mercado da cerveja artesanal na Bahia, Débora iniciou sua preparação realizando curso de mestre-cervejeira em Blumenau em 2016, já com o intuito de montar sua cervejaria, que de fato entrou em construção em 2017 iniciando sua operação no meio de 2018.

Localizada na cidade de Lauro de Freitas a cervejaria também produz cervejas para algumas cervejarias ciganas locais, contribuindo para o início da efervescência do mercado baiano.

“Não, não, eu sou meu chefe”

Débora Lehnen

Sobre o desafio de ser uma mulher a frente de uma cervejaria Débora já comentou em entrevista “Durante a obra, principalmente na parte de definição dos equipamentos todo mundo conversava comigo falando ‘então vê com seu chefe e daí a gente decide’ e eu respondia ‘Não, não, eu sou o meu chefe'” .

Fique online com nossas publicações. Curta nossa página no Facebook!