Fábrica das marcas Saint, Coruja e Barco fecha as portas em SC

A Cervejaria Santa Catarina, uma das maiores artesanais independentes do Brasil, está fechando sua fábrica e terceirizando produção devido a pressão de custos

A Cervejaria Santa Catarina (CSC), uma das principais artesanais do estado, anunciou esta semana o fechamento de sua fábrica a migração para um modelo de terceirização na produção de suas cervejas.

Perda de mercado com consequente ociosidade parcial de unidade produtiva e crescimento da pressão de custos foram as razões apontadas pela direção da fábrica para a tomada de decisão.

A CSC conta com cerca de 40 rótulos de suas marcas Saint Bier, Coruja e Barco e sua fábrica que está encerrando as atividades possui capacidade para produção de cerca de 500 mil litros mensais, o que a coloco como uma das maiores cervejarias artesanais independentes em capacidade de produção do país.

Os 88 funcionários já receberam a notícia que serão desligados nos próximos 60 dias e a empresa irá auxiliar na recolocação dos profissionais dispensados.


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A CSC já vinha tendo a sua produção terceirizada junto a cervejarias Opa Bier e Lassberg em Santa Catarina e com a Stier no Rio Grande do Sul. Apesar do encerramento da produção em Forquilhinha, o pub que funciona anexo à fábrica continuará em operação.

A cervejaria decidiu entrar no segmento de licenciamento de marcas e projeta a continuidade dos rótulos de Saint Bier, Coruja, Barco e Catarina por meio da cessão dos direitos de uso.

“As marcas vão continuar vivas, porém com outra dinâmica de negócio, com a produção e a comercialização administradas por um concessionário”, explica o diretor executivo da cervejaria, Bruno Braviano.

A trajetória da Cervejaria Santa Catarina

Fundada em 2007, a empresa ganhou notoriedade regional nos primeiros anos de atuação focada na produção do chopp Saint Bier. Os primeiros rótulos de cerveja da marca original da CSC foram lançados três anos depois.

Anos mais tarde foram incorporadas as cervejas das linhas Coruja, a Barco e Catarina, buscando compor um portfólio com marcas que apresentavam diferentes posicionamentos conforme o mercado de cerveja artesanal no país se tornou mais dinâmico e diverso.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.