A cervejaria gaúcha Salva Craft Beer tem investido em um projeto de desenvolvimento de produção de lúpulos atrás de plantação própria e também de plantações de parceiros.
Um dos produtos recentes, resultantes desta empreita, é uma Harvest Session IPA, uma cerveja que utilizou lúpulos em flor em sua produção que haviam sido colhidos recentemente
A linha de cervejas experimentais da Salva, chamada de Quintas-feiras é utilizada como coringa pela cervejaria. Nela, são produzidas cervejas mais ousadas e que funcionam como testes para a marca que podem se traduzir em produtos de maior escala num momento futuro.
No caso da Harvest Session IPA, que ganhou embalagens em lata de 473 ml, a bebida tem como base a Session IPA da marca, vencedora da Medalha de Ouro no concurso Brasileiro da Cerveja em Blumenau.
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Para chegar a este resultado, foram adicionados lúpulos em flor (das variedades Cascade e Sorachi Ace), que foram colhidos nos parceiros do projeto Salva Hops (no Sítio Vó Edinha, em Santa Clara do Sul e Lúpulo Dona Inês, em Lajeado). Estes lúpulos garantiram mais aroma e com o mesmo equilíbrio que uma Session pede.
Leve e extremamente aromática, a Harvest Session IPA da Salva conta com aroma e sabor de frutas tropicais, como acerola, pêssego e maracujá. O baixo teor alcoólico (3,8% ABV) e o amargor na medida certa (IBU: 20) favorecem o consumo desta Session IPA bem fresca.
Recentemente, a Salva Craft Beer anunciou um projeto onde está implementando uma plantação própria de lúpulo próxima a área de sua fábrica no Rio Grande do Sul.
A iniciativa de passar a contar com lúpulo próprio requisitou meio milhão de reais da cervejaria que está preparando a infraestrutura e sua capacidade de manejar a produção da planta que apresenta um considerável nível de complexidade.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.