A revista EXAME promoveu uma entrevista com o presidente da Heineken Brasil, Mauricio Giamellaro, onde o executivo compartilhou visões sobre o mercado brasileiro de cerveja, a evolução da companhia nos seus 10 anos de atuação no país e as medidas para contornar os impactos da pandemia do novo coronavírus, entre outros temas.
Giamellaro é o primeiro presidente brasileiro da subsidiária da multinacional cervejeira holandesa, tendo assumido cargo em fevereiro de 2019 e passando a comandar a missão de expansão das marcas da companhia pelo país.
Um trabalho de 10 anos levou o Brasil de 17º país em volume de operações em 2010, ano que a empresa chegou ao solo brasileiro, para a primeira posição global da multinacional, tornando o país fundamental para as receitas do grupo cervejeiro com sede na Holanda.
Nesta evolução, Giamellaro destacou a liderança da Heineken no segmento de cervejas premium no Brasil, fato que ele relacionou com o pioneirismo da marca em trazer para o país a discussão sobre ingredientes da cerveja e o investimento da companhia em eventos que carregam os valores da marca como o Rock in Rio e a UEFA Champions League.
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O presidente da Heineken comentou sobre o portfólio da companhia que investe em outras bebidas além da cerveja. Dentro de suas cervejas a extensão do porfólio da Heineken cobre todos os segmentos de preço com uma diversidade de marcas que carregam posicionamentos específicos para seus respectivos públicos alvo.
Em relação a seus produtos um destaque foi feito para a o campo de inovação onde a empresa trouxe para o Brasil recentemente a Heineken 0.0 (já lançada no mercado internacional há algunas anos atrás) buscando incluir no segmento premium brasileiro uma cerveja sem álcool e comentou que a meta inicial de vendas do produto foi batida em 15 dias.
Na entrevista, Giamellario pontuou sobre questões relativas a equidade e diversidade no tocante a companhia. A Heineken entende a importância do tema para construção do ambiente de trabalho da empresa e de como ele é fundamental para atingir um público diverso constituído pelos consumidores brasileiros de cerveja. A relevância dada a este tópico gerou a criação de um Comitê de Inclusão e Diversidade da Heineken Brasil para tratar da questão e promover ações da companhia relacionadas a ela.
Um momento importante da live abordou as soluções que a Heineken buscou para lidar com os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. A empresa assegurou os empregos de todo as suas equipes ao redor do mundo no em relação aos impactos econômicos da crise, auxiliou bares através de programas de antecipação de receitas e realizou doações para diversos setores da sociedade.
Giamellaro também respondeu sobre as razões ligadas ao aumento dos preços das marcas da Heineken no Brasil que foi anunciado recentemente ligados a elevação do dólar ao longo de 2020. A moeda estrangeira está ligado ao custo de aquisições de uma série de insumos, mesmo aqueles produzidos no Brasil mas que possuem cotações ligadas ao mercado internacional de commodities como aço e produtos agrícolas. O presidente da empresa explicou como estes reajustes são anualmente necessários para equalizar os custos de produção da cervejaria.
Para assistir a entrevista completa promovida pelo canal do Youtube da revista Exame basta clicar aqui ou visualizar o vídeo abaixo.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.