Mockup das garrafas da linha Reserva da Blondine.
A cervejaria Blondine, localizada em Itupeva (SP), irá ampliar seu portfólio ao agregar uma linha de maior complexidade através da criação de um programa de maturação de suas cervejas em barris de madeira.
Boa parte das madeiras selecionadas para o projeto de maturação são de origem brasileira, conferindo maior singularidade ao resultado sensorial esperado com os novos produtos da linha que receberá o nome de Reserva.
“O projeto foi criado com intuito de trazer as notas sensoriais das madeiras brasileiras para as cervejas, por isso, a Blondine fez uma seleção bem criteriosa dos perfis de madeiras que seriam interessantes para a bebida, resultando em 12 tipos: bálsamo, cabreúva, cerejeira, garapa, amburana, pau brasil, ipê amarelo, freijó, jatobá, amendoim e jequitibá” revelou Aloisio Xerfan, CEO da Blondine.
Além das madeiras citadas a cervejaria também trabalhará com carvalho francês virgem e com barris de whisky, rum, cachaça, conhaque, vinho tinto e vinho branco.
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O investimento para o projeto totalizou R$ 400 mil reais e envolveu a construção, ambientação e climatização da adega que receberá as cervejas da Blondine para evolução sensorial em seus barris
Foram 2 anos de projeto e desenvolvimento e a previsão do lançamento é no segundo semestre de 2020, ainda sem data definida pois depende da evolução da bebida na madeira atingir o perfil sensorial buscado. A ideia é captar um público que busca exclusividade, já que os lotes serão únicos e limitados a 600 garrafas numeradas por estilo, o consumidor será envolvido nessa experiência sensorial, podendo conhecer o processo e provar o produto em diversas etapas de produção.
A Blondine possui capacidade de produção de 300 mil litros por mês, e atualmente produz 100 mil mensais e foi fruto de um investimento de R$ 12 milhões numa trajetória de 9 anos de existência.
Atualmente com mais de 24 rótulos de linha, a Cervejaria Blondine iniciou, há um ano, a exportação de seus produtos. O primeiro mercado internacional atingido pela marca foi o Estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde já tinha estabelecido um escritório comercial no Miami Center em parceria com a APEX (agência do governo brasileiro de apoio às exportações).
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.