BNDES disponibiliza R$ 5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas

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Linha de crédito governamental de maior êxito para PMEs dobra oferta de recursos para capital de giro para auxílio durante a crise

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançou ontem (3) na linha de empréstimo para capital de giro o total de R$5 bilhões para micro, pequenas e médias empresas. O valor estava previsto no plano inicial de enfrentamento ao novo coronavírus, apresentado pelo banco de fomento em março, no início da pandemia de covid-19 de acordo com a Agência Brasil.

Os empréstimos para capital de giro aprovados no âmbito da Linha BNDES Crédito Pequenas Empresas, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), alcançaram os R$ 5 bilhões que foram disponibilizados como uma das primeiras ações do Banco de apoio ao enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.  Devido ao sucesso da iniciativa, e considerando a extensão da pandemia e dos impactos econômicos para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o Banco vai disponibilizar mais R$ 5 bilhões para novos empréstimos pela linha, que terá sua vigência ampliada de 30.09.2020 para 31.12.2020. 

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Ao todo, já foram aprovadas 16.318 operações com 15.094 empresas, que empregam 372.800 pessoas, segundo estimativas do BNDES. A média do valor do empréstimo por operação ficou em torno de R$ 318 mil. O principal setor econômico contemplado foi o de comércio e serviços, com 79,7% dos recursos, seguido pelo de indústria de transformação (19,5%), agronegócio (0,7%) e indústria extrativista (0,1%). Hoje já são 31 agentes financeiros atuando em todos os estados brasileiros. 

O BNDES considera estratégico o apoio às MPMEs, dada a relevância que o segmento possui na geração de empregos no país. Com os recursos da linha de capital de giro, por exemplo, Eduardo Alves, da empresa Tangemac, de Salvador (BA), conseguiu pagar seus fornecedores e funcionários. A pequena empresa, que oferece soluções customizadas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, atua em todo o Nordeste e, com apenas dois anos de existência e em fase de crescimento acelerado, sentiu os efeitos da crise bem no início da pandemia, tendo que paralisar algumas obras e até dispensar alguns funcionários. Com o empréstimo que conseguiu, no entanto, superou as dificuldades e já se prepara para continuar expandindo seus negócios. Segundo Eduardo, “a linha do BNDES é condizente com as necessidades do pequeno empresário. Caso não tivéssemos acessado esse crédito, estaríamos no cheque especial, piorando nossa situação financeira”.


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O objetivo da linha nessa segunda etapa permanece o mesmo: oferecer recursos para o uso livre das empresas, de maneira simples e ágil, por meio dos agentes financeiros parceiros (cooperativas de créditos e bancos comerciais, públicos ou privados). Empresas com faturamento de até R$ 300 milhões anuais podem solicitar o financiamento, que pode ser, no máximo, de até R$ 70 milhões por ano, com carência de até 24 meses e prazo para pagamento de até 60 meses. As taxas de juros variam, pois são negociadas entre a empresa e o agente financeiro. 

Para ajudar os empreendedores, o BNDES ofereceu uma série de facilidades, como vídeos explicativos e uma página em seu site com tabelas onde podem ser encontrados os agentes financeiros que mais oferecem a linha e a taxa média de juros praticada em cada estado, por setor e porte da empresa. Com isso, o empresário pode ter informações que o auxiliem a decidir qual agente procurar. 

Diariamente, também estão disponíveis informações atualizadas sobre os resultados alcançados pelo programa, bem como das outras medidas emergenciais adotadas pelo BNDES. 

Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.