Brasil deve vender 15,2 bilhões de litros de cerveja em 2022 superando ano anterior

Foto: Felipe Freitas/Catalisi

Produção de cerveja mantém crescimento no Brasil e com verão e Copa do Mundo a frente deve superar volume recorde de 2021

O Brasil caminha para superar em 2022 seu recorde de produção de cerveja apresentado em 2021, ano em que vários canais de venda foram retomados após as restrições de operação provocadas pela pandemia da Covid 19.

Até o terceiro trimestre de 2022 o setor cervejeiro já ultrapassou a marca de 11 bilhões de litros de cerveja produzidos, 3% acima de igual período do ano passado.

A informação foi publicada na coluna de Lauro Jardim do O Globo a partir de fontes de mercado, confirmando a continuidade do avanço de mercado da bebida no país este ano.

Com o verão, que incluirá uma uma Copa do Mundo a frente, a projeção é que o Brasil ultrapasse o volume de vendas alcançado para a cerveja em 2021, o que já foi um recorde dentro dos últimos anos.


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O que esperar do mercado de cerveja em 2021


O ano de 2021 marcou uma forte retomada dentro de um período ainda com muitas restrições a bares e restaurantes e sem a ocorrência de grandes eventos devido a pandemia, o que levou a uma ampliação de compras para consumo no domicílio.

Apresentando o primeiro ano com todas as ocasiões de consumo recompostas e ainda adicionalmente uma Copa do Mundo no verão, a projeção é de que o Brasil chegue a marca de 15,2 bilhões de litros de cerveja vendidos em 2022.

Expansão de vendas de cerveja atrai atores internacionais e reforça domínio da Ambev

O crescimento de vendas no Brasil somado a tendência de premiunização do setor tem se desdobrado em diferentes dinâmicas no mercado nacional.

Por um lado, a Ambev tem ampliado seu domínio graças a gestão de portfólio somado ao investimento em inovações que tem agregado tecnologia a diferentes pontos da cadeia, com destaque para o comércio online e construção de estratégia baseada em dados.

Por outro lado, o foco dos grandes concorrentes na categoria premium, segmento que mais cresce no país, tem trazido novos atores para o jogo como a Coca Cola que agora possui produção própria da Cerveja Therezópolis, combinada com sua antiga estratégia de distribuição de produtos Heineken e agora também de Estrella Galicia.

A marca espanhola Estrela Galícia também está modificando a sua atuação no país e iniciou a construção de sua primeira fábrica no Brasil após muitos anos de especulação, visando ampliar seu volume no mercado premium brasileiro e tirar proveito do avanço do setor cervejeiro nacional.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.