Para ver a lista das 25 marcas mais valiosas de cerveja de 2020 clique aqui
*O Brand Finance corrigiu posteriormente a marca mais valiosa de 2019 da lista para Corona
A Brand Finance publica anualmente seu ranking num relatório onde avalia os valores de marcas de cerveja no mundo. A métrica utilizada pela consultoria mede a receita líquida que uma marca geraria se fosse licenciada no mercado aberto. Os rankings são calculados avaliando o quanto a receita de uma controladora é atribuída às suas marcas individuais.
A chegada da Budweiser no topo da lista pode ser atribuída à campanha publicitária da Copa do Mundo da FIFA em 2018, a mais cara da história até hoje, mas que expôs a empresa a novos mercados na África do Sul, Colômbia, China e Austrália. Ela cresceu mais de seis por cento em valor, onde a Bud Light caiu cinco por cento.
“A Budweiser e a Bud Light, marcas emblemáticas da gigante cervejeira belga [Anheuser-Busch] InBev, tiveram que lidar com as mudanças nos hábitos de consumo dos consumidores nos Estados Unidos”, diz o relatório da Brand Finance.
“O declínio geral do consumo de cerveja entre os millennials e a preferência por alternativas mais saudáveis e sem álcool contribuíram para a desaceleração no crescimento do valor da marca em comparação com anos anteriores.”
As marcas da AB InBev declinaram seu desempenho em relação a 2018 ocupando 11 dos 25 primeiros lugares no ranking, enquanto no ano anterior ocupavam 13 dos 25.
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A marca escocesa de cervejas artesanais Brewdog é a mais nova entrante do ranking das 25 maiores do mundo, sendo rankeada na 19º posição, com um valor de marca de 1,5 bilhão de dólares.
Agora com 11 anos, a marca está empreendendo planos ambiciosos de crescimento em mercados chave internacionais, com novas cervejarias e bares emplanejamento tanto em casa no Reino Unido quanto no exterior.
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Seu carro-chefe, a cerveja Punk IPA, já é a número um no segmento artesanal no Reino Unido e a marca está se empenhando para se tornar a cerveja de escolha dos consumidores internacionalmente. A Brewdog está comprometida com a expansão, com gim e vodka já em seu portfólio, e está ampliando sua participação para chegar mais longe, entrando no mercado de uísque, em uma apostapara se tornar mais competitiva.
Em 2018, BrewDog anunciou sua incursão no negócio de hotéis, abrindo as portas para o primeiro hotel de cervejas artesanais do mundo, The DogHouse. E em 2019 a escocesa comprou uma fábrica em Berlim, de propriedade anterior da americana Stone Brewing, ampliando sua capacidade de produção na Europa.
Entre as marcas brasileiras a melhor posicionada é a Brahma na oitava posição, seguida da Skol (9º) e Antarctica (23º). Todas as brasileiras apresentaram queda em relação a 2018, representando bem a crescente fragmentação de mercado em andamento no Brasil.
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O relatório destaca que deve-se observar as marcas chinesas, como Snow e Tsingtao, que tiveram a taxa de crescimento mais rápida no último ano.
“Com a demanda por cerveja em um momento alto na China e previsões de alto crescimento do segmento no país nos próximos anos como um resultado de maior renda disponível da emergente classe média, esta tendência parece definida a continuar. Se essas marcas começarem a se expandir para além da China e em novos mercados, poderíamos potencialmente ver uma competição dura para marcas de cerveja ocidentais estabelecidas” declara a consultoria.
Veja o ranking completo abaixo:
O relatório completo pode ser acessado aqui.
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Sobre o autor
Felipe Freitas é analista do mercado de cerveja, engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação pela UFRJ. Fundador e editor do portal Catalisi.