Vendas da Heineken 0.0 no Brasil chegam ao limite da produção

Crescimento de vendas da versão sem álcool da Heineken está chegando ao limite e empresa necessitará ampliar produção

A estratégia de lançamento e crescimento da opção sem álcool da cerveja Heineken no Brasil vem dando sinais de sucesso

No último mês, o lançamento, que faz parte de uma estratégia global da empresa que ocorreu em 11 países, recebeu menções do relatório trimestral da empresa por ter alcançando uma taxa de crescimento de dois dígitos nas vendas no país e agora notícias comentam que a capacidade de produção rótulo está chegando ao seu limite.

A revelação foi publicada no Radar Econômico da revista Veja na última semana dando conta que a companhia está bastante satisfeita com os resultados que o produto têm alcançado no Brasil.

A produção da Heineken 0.0 é realizada exclusivamente na fábrica de Ponta Grossa, no estado do Paraná, que foi especialmente adaptada para reproduzir a fabricação da cerveja que já havia sido lançada no mercado norte-americano e europeu


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A assertividade do investimento do lançamento da cerveja sem álcool está motivando um planejamento de ampliação da capacidade produtiva do rótulo que inicialmente recebeu um aporte de 865 milhões de reais na unidade paranaense.

O movimento em relação a opções sem álcool direcionadas para segmentos de maior valor agregado do mercado de cerveja no Brasil recentemente ganharam atividade adicional com investimentos da Ambev na publicidade e distribuição do rótulo Wals Session Free.

Movimentações pode abrir caminho para cervejas sem álcool de artesanais

O crescimento da Heineken 0.0 e uma possível expansão da marca através de investimentos na capacidade de produção da companhia podem iniciar uma sinalização da formação de mais um nicho com potencial de exploração por microcervejarias artesanais.

O aumento de entendimento sobre potenciais ocasiões de consumo para cervejas sem álcool e a consequente maior pré-disposição do público para pagar preços maiores por produtos semelhantes devem abrir novas no mercado brasileiro.

Desta maneira, as chances para que pequenas cervejarias possam buscar oportunidades neste nicho dentro de sua estratégia de portfólio devem ganhar maior atenção dentro de um prazo não muito longo.

Investimentos em tecnologia para produção de cerveja sem álcool e desenvolvimento para construção de rótulos alinhados com posicionamento de marca das cervejarias artesanais seriam o próximo passo nesta direção seguindo uma tendência que já ocorre em mercados mais maduros como em alguns países de Europa e os Estados Unidos.

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Sobre o autor

Felipe Freitas é engenheiro químico, mestre em Gestão da Inovação Tecnológica pela EQ/UFRJ e analista do mercado de cervejas.